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Laércio Vilar, o mestre invisível

Conheça o baterista mineiro de 50 anos de carreira que abalou as correntes do Jazz

13.jun.2018 às 18h43
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h43
Moeda (MG)
Rafaella Dotta
Laércio: “há uma diferença entre ser bom músico e boa pessoa. Pra subir no palco tem que ser boa pessoa”

Laércio: “há uma diferença entre ser bom músico e boa pessoa. Pra subir no palco tem que ser boa pessoa” - Pedro Faria

Poucos bateristas são lembrados como “mestre” por tantos nomes da música brasileira. Na pequena cidade de Moeda (MG), a 60 km de Belo Horizonte, vive de forma simples o músico Laércio Vilar, o primeiro baterista de jazz do estado. Agora ele completa nada menos que 70 anos de vida e meio século de carreira.

Quem conhece Laércio já vai se acostumando ao seu jargão estimatório “parrapá”, que ele fala na mesma proporção de um “uai”. O palavreado vem acompanhado de uma piada e um riso divertido, debaixo dos óculos e da barba branca no rosto negro. A dedicação o faz ensaiar ao menos três horas por dia, somente ele e a batera, e diz estar “explodindo de sabores sonoros” nas suas novas composições.

História

Laércio morou em Belo Horizonte até a década de 80, onde iniciou e desenvolveu sua carreira de baterista. Ele fez shows, deu aulas, se tornou parceiro de inúmeros músicos como Toninho Horta, Chico Amaral, Marilton Borges, Beto Lopes, e foi nessa cidade que também enfrentou seus maiores desafios.

O ime de tocar nos bares de BH – e receber indignamente por isso – era grande e levou Laércio a questionar a relação entre músicos “operários” e músicos “donos de bandas”. Operários, na opinião dele, eram aqueles pagos para executar as músicas, enquanto os “donos” lideravam os negócios e muitas vezes desrespeitavam os demais.

“Há uma diferença entre ser bom músico e boa pessoa. Pra subir no palco tem que ser boa pessoa”, é a ideia de Laércio. A sua insubordinação ou a ser indigesta para os tais “donos”.

O operário inverte a cena

O mestre foi ousado. Em toda banda a bateria é colocada atrás dos outros instrumentos. É a bateria que, junto com o contrabaixo, dá a base da música e por isso recebem o apelido de “cozinha”. Mas Laércio achava que o fundo do palco não era o lugar onde ele gostaria de tocar para sempre, e que a bateria poderia não só ocupar a frente do palco como protagonizar arranjos.

“A bateria sempre foi um pano de fundo. Antigamente, nem a chamavam de bateria, era ritmista. Sempre foi um instrumento da ‘cozinha’. Mas poxa! É lá que está a fogueira!”, se comove. A sua inspiração foi um vídeo do baterista Buddy Rich, na década de 60, que colocou duas baterias na boca do palco. 

“Aquilo pra mim foi um tapa. Eu pus a bateria na frente e fiz a hierarquia com um triângulo no palco”, teimava. “Daí, as chamadas para tocar se escassearam ainda mais. Foram me cortando. De repente nem casa noturna mais, nem pra tocar bolero”, brinca. Laércio saiu de BH e encontrou a cidade de Moeda para construir sua vida. Mas mesmo fora da cena da capital, continua sendo lembrado.

Laércio, um clássico

O músico Eneias Xavier conhece o baterista há mais de 25 anos e produziu “Carnaval Atmosférico”, primeiro e até o momento único CD de Laércio. Obra que leva Eneias a sentenciar: Laércio está na lista dos clássicos. “Todos os bateristas, principalmente, ouvem e estudam esse disco. O Laércio é uma pessoa que a gente cita no estúdio, na mesa de bar. ‘Isso aqui eu queria fazer meio Laércio, aquilo ali o cara fez meio Laércio.’ São três ou quatro músicos de Minas Gerais que a gente cita na mesma proporção que ele”, conta Eneias.

A singularidade do mineiro está ligada à forma como ele usa a “bateria aberta”, o estilo free do jazz, em que leva a bateria a fazer solos e não apenas acompanhamento. “Na época, pouca gente fazia isso, só ele e Neném, que é um discípulo dele”, conta Eneias. 

Essa audácia rendeu a Laércio uma música em sua homenagem. A composição “Laércio” do também baterista Nenê, que tocou com Egberto Gismonti, Hermeto Pascoal e Elis Regina, nasceu para lembrar a sua originalidade. “Todo mundo tem influências, seja da música brasileira ou estrangeira, mas quando você desenvolve seu trabalho tentando sair disso, criando uma coisa própria da sua cabeça, isso é um trabalho original”, diz Nenê sobre Laércio.

Hoje

O baterista não parou no tempo. Na nossa visita, mostrou à reportagem o desenho – sim, ele desenha suas músicas – das suas novas composições para um álbum que procura gravar em áudio e em DVD.

Assista:

 

A equipe que produziu este vídeo agradece imensamente a recepção e o bom humor do mestre Laércio Vilar. Agradecemos também aos moradores de Moeda (MG) e Belo Vale (MG), que nos ajudaram a fazer contato, gravar e nos orientaram nesse caminho.

Editado por: Joana Tavares
Tags: jazzmúsica
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