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Análise

Artigo | Até Trump muda discurso sobre coronavírus, e Bolsonaro está isolado no mundo

As drásticas medidas emergenciais adotada por outros países na contenção da pandemia são motivo de chacota do presidente

26.mar.2020 às 19h25
São Paulo (SP)
Giles Azevedo
bolsonaro
trump
eua

Os EUA e a Inglaterra foram os últimos a mudar postura, mas vários países já tratam o combate à pandemia como uma operação de guerra - Jim Watson/AFP

Jair Bolsonaro (sem partido) perde agora seu último aliado externo, Donald Trump. O presidente estadunidense reconheceu a gravidade da crise e acertou a liberação de recursos, da ordem de 9% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Outro aliado Boris Johnson, primeiro ministro inglês, já havia feito o mesmo, na segunda-feira (23).

O pronunciamento de Bolsonaro na noite da terça-feira (24), convocando a população a romper o isolamento, desqualificando a gravidade da pandemia e atacando todos, de aliados a opositores atestam o seu nível de insensatez.

A postura do presidente da República confrontando governadores, prefeitos, entidades ligadas a saúde e negando a própria ciência, levaram Bolsonaro a um completo isolamento no cenário interno.

Apesar da escalada do coronavirus  Bolsonaro insiste em seguir a cartilha, que o próprio Trump, agora, já abandonou.

Ao querer imitar Donald Trump, Bolsonaro não se dá conta de que os Estados Unidos têm uma capacidade, infinitamente maior, de enfrentar a crise, a começar pelo tamanho da economia, a maior do mundo, capaz de ampliar com mais velocidade as ações de saúde e preservar a renda da população. O desenvolvimento tecnológico, a infraestrutura física, uma rede hospitalar sofisticada mais distribuída e um orçamento para a saúde incomparável.

Trump e o Congresso dos EUA acertaram um pacote inédito de US$ 2 trilhões para o combate à doença e seus efeitos econômicos. O total representa 9,5% do PIB americano e inclui uma massiva transferência de renda para todas as famílias vulneráveis, no valor de U$$ 1,2 mil por mês (cerca de R$ 6 mil). Os recursos para os hospitais chegam a U$$ 130 bilhões (cerca de R$ 650 bilhões).

"Temos um acordo bipartidário sobre o maior pacote de resgate da história americana", disse o líder democrata no Senado, Chuck Schumer. Hoje, os EUA têm mais de 60 mil infectados e registra 827 mortes, um número bem maior que o Brasil, com 57 mortos e 2.433 infectados. No futuro os números podem ser bem diferentes. Lá, Trump reconheceu  a gravidade da crise e entrou em campo. Aqui, Bolsonaro continua sendo Bolsonaro e a pandemia não a de uma “gripezinha’.

::Coronavírus: o que pode acontecer aos brasileiros sem o isolamento social?::

O primeiro ministro conservador da Inglaterra, Boris Johnson, jogava no mesmo time de Trump e Bolsonaro. Rejeitava qualquer medida mais drástica,
ao assumir as teses do seu principal conselheiro, Dominic Cummings, “imunidade de rebanho, proteger a economia e se isso significar que alguns pensionistas morram, assim seja”.

O relatório do Imperial College de Londres recebido pelo governo britânico, estimava que, com as primeiras medidas adotadas (isolamento de sete dias aos que apresentavam sintomas, 14 dias aos núcleos familiares e recomendação de isolamento social), o Reino Unido enfrentaria o possível número de 260 mil mortos, não somente pelo coronavírus, e sim por outras doenças que o Serviço Nacional de Saúde não teria capacidade de tratar. Esses dados, e a trágica evolução observada em países como a Itália e a Espanha, mudaram o rosto e o tom das falas de Johnson.

No mesmo dia em que recebeu o relatório, em 20 de março, o Reino Unido anunciou socorro de 350 bilhões de libras a empresas, incluindo o pagamento de até 80% do salário dos empregados. Valor equivale a R$ 2,12 trilhões ou a 15% do PIB anual da Inglaterra

Boris Johnson promete combater o vírus como "em tempo de guerra": "e temos de agir como qualquer governo em tempo de guerra e fazer tudo o que pudermos para apoiar a nossa economia".

Ele determinou, na segunda-feira (23), que o país entre em quarentena oficial após registrar 335 mortes pelo coronavírus.

Em pronunciamento, Johnson afirmou que os britânicos só poderão sair de casa para atividades essenciais, como comprar alimentos e remédios. Todo o comércio não essencial será fechado, qualquer tipo de eventos e cultos ou cerimônias religiosas serão suspensos. Foram proibidas ainda reuniões com mais de duas pessoas.

Guerra contra o vírus é mundial

Os EUA e a Inglaterra foram os últimos, mas vários países já tratam o combate à pandemia como uma operação de guerra.

A Itália está pagando um preço alto por  resistir a medidas de isolamento social para conter a pandemia. "O objetivo é garantir que não haja sequer uma pessoa que perca o emprego por causa do coronavírus", disseram inicialmente o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte e os ministros Roberto Gualtieri (Economia) e Nunzia Catalfo (Trabalho).

"Vamos aplicar o modelo da Ponte Morandi, que ensina que quando nosso país é golpeado, sabe se levantar, formar um time e tornar-se mais forte", frisou Conte.

O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou  medidas de choque sem precedentes, típicas da época da guerra, com 300 bilhões de euros dedicados à economia de empresas. "O pagamento de impostos e contribuições sociais, contas de água, luz e gás, bem como aluguéis, também será suspenso. Todas as reformas pendentes, como a controversa previdenciária, estão suspensas”, informou Macron à época.

Segundo o mandatário francês, o governo viu-se obrigado a dedicar-se exclusivamente ao combate ao coronavírus. "Estamos em guerra. Não lutamos contra um exército ou contra outra nação. Mas o inimigo está lá, invisível, imperceptível, progredindo. E isso requer nossa mobilização geral", disse, em seu gabinete no Palácio do Eliseu.

::Coronavírus: como a América Latina e o Caribe estão lidando com pandemia::

O governo espanhol aprovou um pacote de medidas econômicas que mobilizará 200 bilhões de euros para enfrentar a forte queda da atividade econômica provocada pela pandemia do coronavírus. Um esforço extraordinário que representa quase 20% do PIB espanhol.

“Com estas medidas Espanha se une aos países que decidiram enfrentar a crise com um grande aumento do gasto público", explicou Pedro Sánchez, primeiro ministro espanhol.

A Alemanha acertou um pacote de 750 bilhões de euros para combater coronavírus. “Um pacote muito grande, com muitas medidas”, disse Olaf Scholz, vice-chanceler alemão, a repórteres durante entrevista ao lado de Peter Altmaier, ministro da Economia do país.

O governo de Angela Merkel planeja suspender as restrições constitucionais ao endividamento da Alemanha para combater a crise do coronavírus e irá aos mercados para captar até 156 bilhões de euros. "Desde a reunificação, não, desde a Segunda Guerra Mundial, não houve outro desafio para nosso país que dependa tanto de nossa ação solidária e comum", disse Merkel.

Xi Jinping, presidente da China, numa visita a Wuhan, epicentro da pandemia, disse a profissionais de saúde por videoconferência que "podemos vencer essa guerra". De máscaras, eles bateram continência. A China já superou o pior momento da proliferação do vírus e começa sua recuperação.

::China tem muito a ensinar, dizem imigrantes brasileiros sobre luta contra coronavírus::

Na África do Sul, o presidente Cyril Ramaphosa falou à nação pela TV e agarrou-se num evento glorioso, a luta contra o apartheid. Terminou citando "We Shall Overcome" (vamos superar), hino da luta contra a segregação racial, convocando os sul-africanos à união.

Enquanto isso, no Brasil…

…uma sucessão de posicionamentos desastrosos do presidente da República:
 

  • 10 de março: “Obviamente temos no momento uma crise, uma pequena crise. No meu entender, muito mais fantasia, a questão do coronavírus, que não é isso tudo que a grande mídia propala ou propaga pelo mundo todo.”
  • 15 de março: "Tivemos vírus muito mais graves que não provocaram essa histeria. Certamente tem um interesse econômico nisso. Em 2009 teve um vírus também e não chegou nem perto disso. Mas era o PT no governo aqui e os democratas nos Estados Unidos.”
  • 16 de março, após participar de manifestação contra o Congresso e o Judiciário, em Brasília (DF): "Foi surpreendente o que aconteceu na rua até com esse superdimensionamento. Que vai ter problema vai ter, quem é idoso, [quem] está com problema, [quem tem] alguma deficiência, mas não é tudo isso que dizem. Até que a China já praticamente está acabando."
  • 22 de março:

    “A dose do remédio não pode ser excessiva de modo que o efeito colateral seja mais danoso do que o vírus (…) Não podemos levar o pânico, o pânico é uma doença também, mais grave que a própria causa do vírus." 

  • “O vírus chegou, está sendo enfrentado por nós e brevemente ará. Nossa vida tem que continuar. Os empregos devem ser mantidos. O sustento das famílias deve ser preservado. Devemos sim voltar à normalidade. 
  • “Algumas autoridades, municipais e estaduais, devem abandonar o conceito de terra arrasada, a proibição de transportes, o fechamento de comércio e o confinamento em massa.”
  • “O que se a no mundo tem mostrado que o grupo de risco são as pessoas com mais de 60 anos, então por que fechar escolas?”
  • “No meu caso particular, pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado pelo vírus não precisaria me preocupar, nada sentiria ou quando muito seria acometido de uma gripezinha ou resfriadinho”

::Mentiras e inconsistências no pronunciamento de Jair Bolsonaro sobre coronavírus::

*Giles Azevedo é articulista e foi secretário executivo do gabinete da ex-presidenta Dilma Rousseff.

Editado por: Rodrigo Chagas
Tags: áfrica do sulalemanhabolsonarochinacovid-19espanhainglaterraitáliatrump
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