Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Opinião

Artigo

Qual é a escola pública que queremos em 2025?

As redes estaduais e municipais vêm caminhando para o autoritarismo, quando o que nossos filhos precisam é de liberdade

27.dez.2024 às 20h19
São Paulo (SP)
Andrea Carabantes Soto

Nas conversas com as famílias, percebo que o que as pessoas desejam é um espaço de diálogo e aprendizado, que não pareça uma prisão - PABLO PORCIUNCULA/AFP

O ano está chegando ao fim e, junto às avaliações de final de ano, aos wraps do Spotify, às listas dos jornais e da TV, nos perguntamos: o que foi bom e o que queremos mudar ou melhorar no próximo ano?

Dentre todas essas reflexões, surge a pergunta sobre a escola dos nossos filhos e filhas. O ano letivo também se encerra junto com o calendário, e nos questionamos: a escola atendeu às nossas expectativas? Meu filho ou filha aprendeu o que deveria aprender?

Mas, quando a escola é pública, as perguntas que surgem também são outras: como está sendo a gestão democrática da escola? A autonomia da instituição está sendo respeitada pelos órgãos competentes? Os servidores estão sendo valorizados e acompanhados em suas funções? Os estudantes conseguem exercer seus direitos de ter um grêmio, sem serem tutelados pela gestão escolar? As famílias conseguem participar, propor atividades, engajar-se? A escola recebe suas verbas independentemente de problemas de prestação de contas?

Independentemente das respostas – que suspeito serem, em sua maioria, negativas para todas essas questões –, a pergunta central persiste: qual escola queremos? Como ela seria? Como seria essa escola dos nossos sonhos?

Nas conversas com as famílias da escola do meu filho, assim como com vizinhos e vizinhas do entorno, familiares e amigos, percebo que o que as pessoas desejam é um espaço de diálogo e aprendizado, que não pareça uma prisão. (Embora haja quem considere que uma escola com policiais e câmeras seja uma boa opção – mas não para seus próprios filhos, claro.)

Assim, a escola que queremos é uma escola:

– Democrática, onde as famílias sejam ouvidas e os colegiados respeitados, sem autoritarismo ou descaso com os envolvidos;

– Onde as crianças possam aprender o que é um grêmio escolar, sem serem usadas pela gestão como "ajudantes mirins";

– Onde o conselho escolar tenha todas as suas prerrogativas cumpridas, sem tutela ou censura por parte das secretarias;

– Onde as escolas possam elaborar seus planos políticos pedagógicos sem ficarem reféns de calendários cheios de demandas burocráticas e plataformas digitais;

– Que ofereça artes e esportes na mesma medida em que prepara os alunos para os vestibulares;

– Que receba as verbas devidas, independentemente de problemas burocráticos ou istrativos;

– Que tenha uma comunidade ativa, tanto dentro quanto fora dos muros da escola, onde os vizinhos possam colaborar e participar, e onde a escola possa estabelecer parcerias com os agentes do entorno;

– Onde os servidores públicos sejam respeitados em suas carreiras, sem sofrer perseguições por parte do governo de turno;

– Intercultural e multicultural, onde as crianças sejam valorizadas e celebradas pela bagagem que trazem consigo; 

– E o mais importante, onde as crianças sejam protagonistas do aprendizado e das vivências.

Tudo isso, no entanto, está distante da realidade da escola pública no Brasil atualmente, onde famílias participativas são difamadas e perseguidas. Onde servidores mais abertos e criativos são censurados e sofrem longos e desgastantes processos burocráticos (uma espécie de lawfare contra servidores públicos). Onde as escolas ficam sem verba por conta de erros insignificantes em prestações de contas de anos atrás – um cenário que serve de argumento para aqueles que defendem a terceirização: "privatiza que melhora". Onde não há mais festa junina porque seria “do diabo”. Onde a premissa é ofender e punir os estudantes. E muitos outros problemas de falta de recursos, de esgotamento dos docentes, de salas superlotadas, etc.

Embora a realidade da escola pública hoje esteja distante do que gostaríamos idealmente, ainda assim acredito que ela está em constante transformação e essa transformação a pela participação das famílias da escola pública, pela defesa dela por parte de políticos e movimentos sociais, mas principalmente estando dentro dela e colocando nossos filhos para estudar lá. Só entendemos os problemas e nos preocupamos por melhorar certas questões quando as vivenciamos. Eu não saberia da metade dos problemas das escolas públicas se não fosse parte dela.

Meu desejo é que em 2025 mais famílias conheçam os problemas e potencialidades da escola pública, e que possamos caminhar, juntos, para a escola que queremos e que nossos filhos merecem.

*Andrea Carabantes Soto é imigrante, mãe de estudante de escola pública em São Paulo e cofundadora da Equipe de Base Warmis – Convergência das Culturas, coletivo integrante do Movimento Humanista, que desde 2013 luta em prol da melhoria de vida das mulheres imigrantes no Brasil.

**Este é um artigo de opinião e não necessariamente representa a linha editorial do Brasil do Fato.

Editado por: Thalita Pires
Tags: educação
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

TRABALHO DIGNO

Com forte apoio brasileiro, OIT decide criar convenção por direitos de trabalhadores de aplicativo

Participação social

Apesar de recomendações do MP, Secretaria do DF não aumenta prazo para consulta pública sobre Plano Diretor

POUCA COISA MUDOU

Dom e Bruno: 3 anos após crime, Vale do Javari continua sob ameaça

NA FRANÇA

Lula acusa Israel de cometer ‘genocídio premeditado’ por governo de extrema direita em Gaza

EX-AMIGOS

Musk diz que Trump está nos ‘arquivos de Epstein’, acusado de tráfico sexual

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.