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RELATO DE GAZA

Se a paz perdurasse, a vida poderia ser reconstruída e florescer, diz sobrevivente em Gaza

Majd Ratata, de 28 anos, é jornalista e comerciante e relatou ao BdF dificuldades antes e após o cessar-fogo

24.jan.2025 às 10h09
São Paulo (SP)
Karolina Monte

Garoto em cima de morro de destroços do campo de refugiados de Bureij segura a bandeira da Palestina , região central de Gaza - EYAD BABA/AFP

Durante as seis semanas da primeira fase do acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas, cerca de 2 milhões de palestinos, aterrorizados por 15 meses com a perspectiva de serem mortos por bombas ou tiros disparados, terão de lidar com as consequências desses ataques: a reconstrução de toda uma vida.

Para a população palestina, o foco agora é retornar aos locais das antigas casas e reconstruí-las. Ou, pelo menos, avaliar as possibilidades de acomodação. "Muitos não terão um lugar para morar. Foram deslocados diversas vezes para campos de refugiados, que não possuem infraestrutura e levarão anos para serem restauradas", segundo Majd Ratata, jornalista palestino de 28 anos.

Em entrevista exclusiva para o Brasil de Fato, Majd contou que nasceu no hospital Al-Shifa – fortemente atacado pelas tropas israelenses – em Rimal, região central de Gaza. O palestino também era dono de uma loja de alimentos, e importava maquiagens e suplementos nutricionais, antes dos ataques de 7 de outubro.

"Condições difíceis"

Atualmente, Majd vive com a esposa, nos primeiros meses de gravidez, e outros 13 familiares no campo para deslocados Abu Baraka, na cidade de Deir al-Balah, no centro da Faixa. "As condições são muito difíceis, não há água potável nem infraestrutura, vivemos uma vida primitiva", conta o sobrevivente.

Majd acorda toda manhã e caminha até algum lugar um pouco distante do campo de refugiados, cerca de 100 metros, para pegar água, que não é adequada para beber, apenas para lavar roupas, limpar utensílios e outras coisas do gênero. "Infelizmente, não há o suficiente para todos. "Às vezes conseguimos, às vezes não. E temos que comprar alimentos a preços exorbitantes."

Mesmo após a implantação do cessar-fogo, a situação não mudou, segundo Majd. "Três dias depois, nós ainda acordamos cedo pela manhã e fazemos nosso trabalho duro – coletar água e tentar conseguir alguma comida. Esperamos poder superar tudo isso em breve".

Além de toda a situação, horas antes do acordo, "a intensidade dos bombardeios aumentou, e Israel tentou intensificar os ataques e aumentar a pressão militar", conta o jornalista.


O palestino Majd Ratata, de 28 anos, com a filha mais velha. Majd é jornalista e comerciante e espera retomar as atividades e voltar para casa / Arquivo pessoal/Majd Ratata

"Sensação de pavor"

O jornalista relata preocupação quanto à manutenção da trégua. "As notícias dizem que devemos ir para o norte da Faixa de Gaza a pé. [Mas] não podemos levar nossa bagagem conosco. Minha esposa grávida não pode caminhar longas distâncias, e minha avó também não consegue andar. Não é fácil. Contamos as horas e os minutos na esperança de que nossa angústia seja aliviada", expressou Majd ao BdF.

"Eu sinto uma sensação de pavor, de que o cessar-fogo será violado e nós não poderemos retornar após os 7 dias combinados da resolução".

Para Majd, uma das soluções para a ocupação de Israel em territórios palestinos envolve, também, a participação de outras nações. "Países amigos devem ficar ao lado da Palestina e mobilizar o apoio internacional para colocar pressão em Israel, ao boicotar [o país] e [levar o caso] para as cortes internacionais".

O retorno para casa

A vontade de Majd Ratata e a família é voltar para suas casas, no norte de Gaza, e se reunirem com os outros membros da família, outras duas irmãs. "Acho que a infraestrutura lá é melhor, apesar da devastação". "Todos os dias recebo ligações de parentes e amigos no norte. É uma situação muito tensa, porque fomos forçados a nos separar desde outubro de 2023."

Segundo Farqan Haq, porta-voz da ONU, mais de 90% das unidades residenciais em Gaza foram danificadas ou destruídas durante os ataques do exército israelense.

E mesmo o caminho de volta é considerado difícil para Majd.

"Retornar para nossas casas parcialmente destruídas requer muito dinheiro. Por conta da falta de combustível e dos altos preços. Não temos dinheiro para tendas e bagagens, e teremos que caminhar longas distâncias, com bebês, pessoas doentes e esposas grávidas. Então ainda há muito desafios."

Majd criou uma vaquinha virtual, para ajudar nos custos com as despesas pós-reconstrução, como compra de alimentos e materiais de construção, água e outros mantimentos para a ele e a família.

Quando perguntado sobre o futuro de Gaza após o acordo de cessar-fogo, o jornalista acredita que "se o processo de reconstrução começar, a paz durasse anos, e o cerco fosse levantado, então a vida floresceria".

"Meu desejo é que eu e minha família possamos viver em um bom lugar e nos estabilizar, continuar a prática jornalística em um bom emprego, e voltar a ser comerciante, após perder tudo na guerra."

Editado por: Leandro Melito
Tags: faixa de gazagenocídiohamasisrael
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