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OPINIÃO

Escola de Sargentos do Exército: cinismo social e descaso ambiental no coração da Mata Atlântica

“Não há justificativa para instalar uma escola militar em cima de nascentes”, escreve ativista da região de Aldeia (PE)

10.abr.2025 às 16h08
Recife (PE)
Milton Tenório
Escola de Sargentos do Exército: cinismo social e descaso ambiental no coração da Mata Atlântica

APA Aldeia Beberibe possui 31,6 mil hectares e fica na Região Metropolitana do Recife - RH / reprodução

A construção da Escola de Sargentos do Exército dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) Aldeia-Beberibe, no Grande Recife, é um escândalo anunciado. Trata-se de um crime ambiental em plena Mata Atlântica, prevendo a destruição de aproximadamente 200 mil árvores em uma das regiões mais estratégicas para a preservação ambiental e comprometendo o abastecimento de água para cerca de um milhão de pernambucanos. É um ataque direto à biodiversidade, aos mananciais e à inteligência da população.

Mais do que devastar a flora, o projeto ameaça a fauna já fragilizada e compromete as nascentes do rio Catucá, único rio que alimenta a barragem de Botafogo. Em vez de zelar pela segurança hídrica, o Exército avança com uma obra megalomaníaca, orçada em R$ 1,8 bilhão, incluindo 576 apartamentos para oficiais e sargentos — tudo bancado com dinheiro público, enquanto falta verba até para o almoço das tropas. É cinismo social, descaso ambiental e um deboche com a sociedade.

É inissível que o ministro da Defesa, o pernambucano José Múcio Monteiro, esteja à frente de uma ação tão desastrosa para o seu próprio estado. Enquanto seu primo, o empresário Eduardo Queiroz Monteiro, do Grupo EQM, mantém mais de 11 mil hectares de Mata Atlântica preservados, Múcio se torna um símbolo do negacionismo climático, patrocinando a destruição de uma das áreas mais sensíveis do território pernambucano.

A omissão — ou conivência — do governo de Pernambuco também merece repúdio. A governadora Raquel Lyra utilizou a máquina pública e a Agência Estadual de Meio Ambiente (CRPH) para pedir a derrubada da decisão da juíza da comarca de São Lourenço da Mata, que proibia obras públicas e privadas nos corredores ecológicos. E o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), o desembargador Ricardo Paes Barreto, atendeu ao pedido em decisão monocrática, escancarando o caminho para o desmatamento em larga escala.

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Não há justificativa plausível para instalar uma escola militar em cima de nascentes, desrespeitando decretos estaduais que protegem corredores ecológicos. O que deveria ser um espaço de formação cidadã se converte em um exemplo desastroso de desprezo pelo meio ambiente. Que lição se pretende dar aos jovens? Que destruir florestas e comprometer o futuro do planeta é aceitável?

Enquanto fazem discursos vazios sobre sustentabilidade, o que se vê é a prática da destruição acelerada. A realidade é trágica: o termômetro sobe, os oceanos se aquecem, os aquíferos secam — e ainda ouvimos falar em “compensação ambiental”, como se isso justificasse a devastação. É uma grande mentira, um engodo que mascara as várias alternativas locacionais existentes para o projeto e estudadas pelo Fórum Socioambiental de Aldeia.

A sociedade civil precisa reagir. O Ministério Público Federal, o Tribunal de Contas da União (TCU), o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), os órgãos de fiscalização e controle devem agir com firmeza. Os responsáveis por essa atrocidade ambiental precisam ser responsabilizados. Não podemos aceitar que interesses militares se sobreponham ao direito coletivo à água, à floresta e à vida.

A crise climática não pode ser empurrada para nossos filhos e netos. A Mata Atlântica é dos brasileiros. E a luta pela sua preservação é agora — ou não haverá depois.

*Milton Tenório é profissional liberal, ativista ambiental e morador de Aldeia.

**Os artigos de opinião não necessariamente representam a posição editorial do Brasil de Fato.

Editado por: Vinicius Sobreira
Tags: mudanças climáticaspernambucorecife
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