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Reality é cultura

Domitila Barrios: conheça a liderança boliviana que inspirou o nome da ‘sister’ do BBB23

Viaje do 'reality' brasileiro para as lutas populares da Bolívia nos anos 70 e 80 e descubra uma heroína inspiradora

02.abr.2023 às 11h07
São Paulo (SP)
Ana Carolina Haddad

A Domitila do Recife (esquerda) e a da Bolívia: ambas pelo fim das desigualdades - Reprodução

A participante Domitila Barros, da edição deste ano do reality show Big Brother Brasil, contou aos colegas de confinamento a origem do nome dela. Os pais da sister se inspiraram em Domitila Barrios Chungara, uma líder operária boliviana que lutou contra ditaduras militares do país nos anos 1970 e 1980. Em meio a paredões e reta final do programa brasileiro, conheça um pouco da bonita história dessa heroína que lutou pelos mais vulneráveis no país vizinho.

Domitila Barrios Chungara (1937 – 2012) foi uma mulher de descendência indígena, nascida na Bolívia, em Llallagua, que fica em uma área de mineração estatal. O pai era minerador, assim como o esposo, com quem viria a ter 11 gestações e, dessas, sete filhos. Em uma época em que as mulheres bolivianas não tinham direito culturalmente à escolaridade ou mesmo a opinar, Domitila se envolveu com a organização dos trabalhadores da Mina Siglo 20, de extração de estanho.

A boliviana foi uma das fundadoras do Comité de Amas de Casa (Comitê das Donas de Casa). A organização protagonizou uma série de ações populares ao denunciar as condições miseráveis em que os trabalhadores das minas viviam. Tudo isso levaria, sem que Domitila planejasse, a uma ascensão internacional como liderança boliviana ao lutar pelo povo e contra o imperialismo. 


Ela foi personagem de filme internacional, na década de 1970 / Reprodução

Domitila participou do documentário A Dupla Jornada (1975), da cineasta brasileira Helena Solberg. O longa-metragem conta a história de mulheres trabalhadoras em fábricas e em minas na América Latina.

Solberg também convidou Domitila para a I Conferência Mundial da Mulher, no México, realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU). Durante o evento, a boliviana se destacou ao desafiar o ambiente que estava ocupado majoritariamente por mulheres brancas e acadêmicas.

O testemunho Si me permiten hablar…" (“Se me Deixam Falar” – Testemunho de Domitila, uma Mulher das Minas da Bolívia) virou livro traduzido para 15 idiomas no mundo, com auxílio da educadora brasileira Moema Viezzer, que a entrevistou depois do episódio. 

 

Heroína contra as ditaduras 

Domitila Barrios Chungara é considerada uma das grandes heroínas da luta contra as ditaduras bolivianas. A trabalhadora foi uma das responsáveis pelo enfraquecimento que acabou por derrubar o general Hugo Banzer que governava a Bolívia em uma ditadura militar (1971-1978). Barrios e mais quatro companheiras – Angélica Flores, Aurora de Lora, Luzmila de Pimentel, Nelly de Panigua – iniciaram uma greve de fome numa das praças principais da capital, La Paz.

Durante 21 dias, elas aram de cinco mulheres para 1.300 bolivianas e bolivianos, entre estudantes universitários, jornalistas e o padre jesuíta Luís Espnial, assassinado anos mais tarde, pouco antes do início do golpe de estado de Luís García Meza. Os protestos cresceram e terminaram com a queda do ditador. 

Dois anos depois, a Bolívia voltaria a sofrer com um novo golpe, desta vez por Meza, enquanto Domitila viajava para Copenhague, na Dinamarca, em 1980, para participar da II Conferência Mundial da Mulher. 

A líder operária ia com a missão de denunciar à imprensa internacional o golpe que estava iminente no país, a convite da maior central sindical da Bolívia, a Central Obrera Boliviana (COB).

 

Com o golpe em curso durante a viagem, Domitila se tornou porta-voz do povo boliviano para denunciar o sistema ditatorial e pedir solidariedade aos governos democráticos. Por esse feito, a boliviana foi impedida de retornar ao país de origem, se exilando na Suécia durante dois anos, com o marido e os filhos. 

O legado dela é tão imenso que foi nomeada em 2005 ao prêmio Nobel da Paz, ao lado de outras mulheres.


Em 2004, ela criou o Movimento Guevarista, em homenagem ao herói da Revolução Cubana, para representar o povo boliviano / Reprodução

Legado 

Em 2012, Domitila faleceu de câncer de pulmão, doença que assola grande parte das trabalhadoras e trabalhadores em minas até hoje. Porém, o legado dessa heroína boliviana continua de pé, lembrada até hoje pela Bolívia pelos feitos assim como por movimentos sociais de todo o mundo. Como costumava dizer, "sem as mulheres, a revolução fica pela metade". 

#UnDíaComoHoy, en 2012, falleció la gran #DomitilaChungara, una mujer minera que nos dejó un gran legado de lucha contra las dictaduras y por los derechos de los más humildes. ¡Sus ideales nos acompañan siempre! pic.twitter.com/6eaxfIDLlJ

— Evo Morales Ayma (@evoespueblo) March 13, 2021

Domitila Barros de Recife 

A 5 mil km de distância, em Recife (PE), os pais de Domitila Barros de Oliveira Nascimento decidiram homenagear a operária boliviana.

A história da atual BBB começou no Morro da Conceição, situado na periferia do município, onde a família criou em 1983 o projeto Centro de Atendimento a Meninos e Meninas (CAMM) para ensinar crianças em situação de vulnerabilidade a ler e a escrever.

Formada em ciências sociais e políticas, além de saber falar sete idiomas diferentes, a Domitila brasileira tem uma marca de joias sustentáveis a base de capim dourado, que emprega mulheres da comunidade em que cresceu.

Editado por: Rodrigo Durao Coelho
Tags: bbbbolíviabrasilglobohistóriapernambucopremio nobelsindical
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